Ibovespa em queda, Dólar em alta: o que está influenciando o mercado?
Atualizado: 3 de out. de 2022
A semana que antecede as eleições presidenciais do Brasil iniciou com instabilidade no mercado financeiro do país:
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em queda nesta segunda-feira (26/09);
Dólar abre a semana em alta e bate em R$ 5,40 com aversão global a risco;
Juros mantidos em 13,75% pelo Banco Central do Brasil, mas com possibilidade de serem reajustados para conter a inflação.
No Brasil, a reta final da corrida eleitoral colabora para a cautela dos investidores, diante da instabilidade política. Além disso, há a pressão das ações em queda do setor financeiro.
O cenário mundial também está sob alerta. Há outros fatores que estão impactando a economia mundial, como a intervenção econômica dos governos, diante da possibilidade de recessão, além de ainda estarmos sofrendo os efeitos da pandemia e da guerra Rússia X Ucrânia.
Os investidores precisam ficar atentos aos movimentos de mercado para protegerem seu patrimônio, com as estratégias mais adequadas ao seu perfil. Para quem investe em ações, a regra se mantém: compre na baixa e venda na alta!
O que vêm mexendo com os mercados?
Além da cautela gerada pelas eleições brasileiras, o cenário econômico mundial está instável, diante do aperto monetário e as preocupações com possibilidade de recessão.
Investidores monitoram a volatilidade no Reino Unido, cuja moeda recuou à mínima histórica nesta segunda-feira, e no restante da Europa, as autoridades monetárias buscam combater a alta de preços.
O Banco da Inglaterra (BoE) publicou que está monitorando os mercados financeiros e não hesitará em mexer na taxa de juros se necessário.
Já o Banco Central Europeu (BCE) deve continuar a aumentar as taxas de juros, pois é alto o risco de a inflação ficar estagnada em níveis acima de sua meta de 2%. O BCE já elevou sua taxa básica em 125 pontos-base, para 0,75%, ritmo mais acelerado de sua história. Investidores agora esperam que sua taxa de depósito ultrapasse 3% no próximo ano, nível mais alto desde 2008, antes do auge da crise financeira global.
Na semana passada, foram anunciadas decisões sobre as taxas de juros dos Estados Unidos e do Brasil.
O Federal Reserve (Fed), o banco central americano, aumentou as taxas de juros do país para uma faixa de 3% a 3,25% – uma alta de 0,75 ponto percentual, sendo a quinta alta de juros do ano e ao seu maior patamar, desde 2008.
Altas de juros nos Estados Unidos tendem a se refletir em alta na cotação do dólar no Brasil, uma vez que há saída da moeda do país, com o objetivo de buscar a melhor remuneração lá fora.
O Banco Central do Brasil decidiu manter os juros em 13,75%, mas já adiantou que, caso a inflação volte a pressionar, a Selic pode subir novamente.
Os economistas do mercado financeiro reduziram de 6% para 5,88% a estimativa de inflação para este ano. É a primeira vez desde março deste ano que a previsão fica abaixo de 6%.
Já a previsão dos economistas dos bancos para a economia é de crescimento de 2,67% em 2022, contra os 2,65% previstos anteriormente. A projeção para o dólar para o fim de 2022 e para 2023 permaneceu estável em R$ 5,20.
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