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Foto do escritorRodrigo Paiva

COE: combinando renda fixa e renda variável em um único investimento

Atualizado: 10 de jun. de 2021




O Certificado de Operações Estruturadas - COE, é um tipo de investimento que combina elementos de Renda Fixa e Renda Variável, com retornos atrelados a ativos e índices, como câmbio, inflação, ações e ativos internacionais.


Ele é emitido pelos bancos como forma de captação de recursos, da mesma forma que os CDB's. Foi criado no Brasil a partir de 2014 e no mercado internacional são chamados de notas estruturadas. Um mercado global de 2 trilhões de dólares em estoque, sendo que, em 2018, foram emitidos US$ 94,9 globalmente.


Como é um tipo de investimento que mescla elementos de Renda Fixa e Variável, o seu capital pode ser parcial ou totalmente protegido contra perdas nominais do valor investido. Você minimiza ou elimina sua perda financeira se no vencimento o resultado do ativo investido for negativo, mas ganha se for positivo. Ou seja, um investimento que pode combinar o baixo risco da Renda Fixa e o possível ganho da Renda Variável.


Para quem é o COE?


O COE é um produto de investimento híbrido com vencimento determinado no momento da aplicação. Assim, por um período definido, o investidor fica exposto à variação de preço de um determinado ativo ou cesta de ativos de renda variável (como o dólar, Ibovespa ou Dow Jones, por exemplo) - com capital nominal parcial ou totalmente protegido, a depender de cada certificado. Assim, esse é um produto para o investidor que quer aproveitar o potencial da renda variável, mas tem maior aversão a risco.


E quais são os riscos de se investir em COE?


Uma das principais vantagens em fazer o investimento em COE fica exatamente com a possibilidade que esse produto tem de oferecer capital nominal investido protegido. Assim, o risco fica somente com o chamado custo de oportunidade, ou seja, com a rentabilidade que o investidor poderia ganhar aplicando em produtos que acompanham a taxa básica de juros.


Em resumo:

  • O risco de crédito: o recebimento dos pagamentos dos certificados está sujeito ao risco de crédito do emissor do certificado;

  • Não conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos - FGC;

  • Possibilidade de resgate antecipado sujeito à marcação a mercado e, portanto, sem garantia do principal investido.


Como funciona?


Vamos a um exemplo:


O Cenário


Imagine que você investe em um COE que acompanha o desempenho do Ibovespa por dois anos, por exemplo. Esse produto conta com 100% do capital nominal investido protegido e limita os ganhos do investidor até um teto de 15% ao ano.


O Processo


O investidor aplica seu dinheiro nesse produto e espera pelo vencimento do COE para ver o seu resultado. As flutuações do Ibovespa, o índice de referência do produto, ao longo do tempo não interferem em nada o investimento. O que o investidor vai precisar saber é a pontuação do índice no início do COE e no dia de seu encerramento.


Os Resultados


No caso desse COE, existem três resultados possíveis na data de seu encerramento:

  1. O primeiro deles é em caso de queda do Ibovespa. Nesse caso, o investidor receberá exatamente o dinheiro que investiu dois anos antes, sem nenhuma perda de capital investido.

  2. O segundo resultado possível é em caso de desempenho estável ou alta de até 15% ao ano do Ibovespa. Nesse caso, o investidor irá receber exatamente a rentabilidade do índice.

  3. O terceiro resultado possível é uma alta de mais de 15% ao ano do Ibovespa. Nesse resultado, o investidor receberá o teto de 15% ao ano de rentabilidade.


Quais são os tipos de COE?


O COE é um produto de investimento bastante flexível, com diferentes vencimentos e também com regras específicas, podendo acompanhar o desempenho de um ativo específico ou uma cesta de ativos específicos.


Além disso, existem COEs que limitam a rentabilidade máxima a um determinado percentual e outros que contam com alavancagem sobre os ganhos. Com isso, o investidor precisa sempre ler atentamente, as informações especialmente do Documento de Informações Essenciais, ou DIE, para entender o funcionamento e as regras de remuneração do produto que está investindo.


Quais são as principais modalidades?


A emissão desse instrumento poderá ser feita em duas modalidades:

  1. Valor Nominal Protegido: quando há garantia do valor principal investido.

  2. Valor Nominal em Risco: quando há possibilidade de perda até o limite do capital investido.


Qual é a diferença entre comprar um COE e comprar o ativo objeto, por exemplo, uma carteira de ações?


Ao investir em um COE, você não está comprando o ativo objeto e sim um derivativo ligado a ele. Todo COE é formado por uma operação pré fixada com estratégias em derivativos. No caso dos COEs com capital protegido, a operação pré fixada é responsável por garantir o principal investido.


Os COEs com capital protegido não possuem risco de mercado, ou seja, mesmo se as ações caírem, o investidor recebe de volta o capital investido. Quando o investidor compra uma carteira de ações diretamente ele pode apresentar perdas.


Qual é a tributação do COE?


Os COE's são tributados de acordo com a tabela regressiva do imposto de renda utilizando-se as seguintes alíquotas:


IOF


Também há incidência do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), cobrado sobre os rendimentos, caso você resgate a aplicação em menos de 30 dias.


Taxas


As taxas variam conforme a instituição. Em alguns casos, corretoras ou distribuidoras podem cobrar taxa de custódia (percentual pelo serviço de guarda do dinheiro aplicado) e comissões (proporção do rendimento, cobrada pela gestão do investimento). Fique atento antes de investir sobre estas taxas.


Quais são as vantagens de se investir em COE?


As principais vantagens neste tipo de investimento é a flexibilidade e a diversificação da carteira.


Exemplos de COEs


Na figura abaixo temos alguns exemplos de COEs disponíveis na XP Investimentos. Observe que eles variam: por classe de ativo, por estrutura, por prazo, por região do ativo e por aplicação mínima.



Aqui alguns exemplos disponíves no BTG Pactual:



Em ambos os casos identificamos que são investimentos de longo prazo e que exigem valores maiores para as aplicações mínimas. Portanto antes de investir em COEs leia atentamente o DIE do COE.



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